Águas tranquilas

Águas tranquilas

Em um período de agitação, tal como, os dias atuais, em que a sociedade vive à beira do caos, a tranquilidade parece ser o abrigo desejado pela maioria. O bom senso tem mostrado que as pessoas buscam tranquilidade. E, como assegura Moody [1]: o homem é capaz de tomar uma infinidade de caminhos que o leve ao descanso da alma. E, sobre isso, não há dúvida.

O Salmo vinte e três, um dos textos mais conhecidos do hinário de Israel, nos revela grandes verdades, capazes de saciar nossas almas sedentas. Entre tais verdades, encontra-se aquela de que Deus, o supremo pastor de Israel, dirige o seu rebanho no caminho das águas tranquilas. E, em tais circunstâncias, como observado no texto, a ovelha é guiada, ‘mansamente’. Como lemos: […] Guia-me mansamente a águas tranquilas (Salmos 23: 2b).

Bem diferente de tudo que é proposto pelas sociedades pós-modernas, em que ao tempo se tornou moeda de troca na economia do bem-estar interior. Dessa forma, a busca desesperada por bens materiais, faz com que muitos, nas diversas nações, passem a vida inteira numa correria infindável: como Marta, que mesmo recebendo a graciosa visita do Mestre, se afogava nas ocupações cotidianas. Por outro lado, aqueles que se deixam ser guiados, mansamente, pelo Grande Pastor, descansam à sombra da Onipotente.

As águas tranquilas dizem respeito ao repouso da alma, daqueles que entregaram suas vidas a Cristo, em resposta ao apelo feito por Ele: vinde a mim […] e encontrareis descanso para vossas almas (Mateus 11: 28, 29). Este descanso, nada mais é que aquelas águas tranquilas, nas quais o Pastor de Israel faz repousar suas ovelhas. E, estou certo que esse repouso é também, aquela paz que excede todo o entendimento (Filipenses 4: 7).

Portanto, dadas as características desta tranquilidade, ela se restringe ao evangelho, pois, é uma porção especial daquele fruto do Espírito, que o apóstolo mostra na Carta aos Gálatas. Mas, o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz […] (Gálatas 5: 22). Dessa forma, em meio as muitas turbulências do cotidiano, somente os que nasceram de novo podem desfrutar desta tranquilidade da alma, pois, estão seguros, e, tendo construído suas casas sobre a Rocha, as tempestades não lhes roubam o sono.


[1] MOODY, D. L. As oito coisas que Cristo realizará. [Sermão Ministrado na Inglaterra no Século XIX]. Tradução: Adna Silva. Projeto Castelo Forte. Disponível em <www.projetocasteloforte.com.br>. Acessado aos 14/01/2019

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