Os santos são imperfeitos, mas vivem numa busca incansável pela perfeição; ainda que muitos nem se dão conta disso. E o termo “pecador”, quando utilizado na Santa Escritura, é entendido em duas categorias: os pecadores em geral - que todos os homens são pecadores -  e os pecadores rebeldes – os que vivem deliberadamente em pecado -, esses últimos estão satisfeitos no erro. Os santos são também pecadores, porque ainda não atingiram a perfeição; fato que, conforme acredito, ocorrerá na glorificação: transformação deste corpo em um outro, incorruptível, que se dará no instante do arrebatamento da Igreja.

Assim, os santos desfrutam da santidade durante a peregrinação terrena, mesmo tropeçando aqui e alí; seus corações estão incendiados pelo Santo Fogo, e eles alegram-se constantemente em Deus. Quando fracassam, numa ou noutra batalha, o Espírito Santo os entristece, amorosamente, de forma que sentem a tristeza segundo Deus; aquela que opera para arrependimento (2 Coríntios 7: 10). Assim, sendo imperfeitos, são santos; pois o próprio Deus os auxilia, Ele sabe das fraquezas de cada um e conhece a sinceridade individual em seus níveis mais profundos.

Por outro lado, os pecadores rebeldes tendem a desprezar a Deus, alguns com palavras, outros com ações, e ainda outros, com as duas coisas. Mas, nessa categoria podem ser encontrados aqueles que se distanciaram aos poucos do altar de Deus; que foram atingidos pela frieza, e, lentamente, deixaram o Santo Fogo apagar. Ou seja, ignoraram a voz do Santo Espírito e agora vivem numa situação deplorável, em se tratando de vida espiritual. Se esses poderão ter os seus corações novamente incendiados, respondo da mesma maneira que Ezequiel no meio do vale: Senhor Deus, tu o sabes!

[1]. Versão bíblica King James Atualizada (KJA).