Confiança Plena


Confiança Plena


O Senhor dos Exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Salmos 46: 7).

Essa canção começa com uma declaração de confiança plena. Ao afirmar que Deus é o refúgio dos Israelitas, o autor demonstra convicção naquele que direciona o seu povo. Desde a saída do Egito até a ocasião em que redigira este belo poema, a santa presença do Altíssimo era o grande motivo de tranquilidade daquela nação. Embora haja “muita coisa” para aprender neste salmo[1], avancemos ao verso sete, e olhemos para as riquezas que ele nos oferece.

A declaração é forte, pois, a ideia de continuidade prevalece. O Senhor dos Exércitos está conosco [...]. Ele não somente esteve, mas, está. O autor confia, deliberadamente, na presença graciosa do Altíssimo. O texto não sugere dúvida. Temos muito o que aprender com este salmo, devemos confiar que o Senhor está conosco e andarmos com ele. Atitudes dessa natureza produzem segurança e tranquilidade para a alma; quem se sente acolhido no aconchego das asas de Deus, não escuta a voz do medo ou do desespero. Eis o motivo para confiar na proteção divina.

A confiança plena elimina qualquer sinal de desesperança. Essa atitude possui raízes profundas no relacionamento sólido com o Senhor. Quem possui uma vida superficial, se tratando de experiência com Deus, mesmo que tente, raramente absorve o princípio da confiança plena.

E, isso não é fantasia ou qualquer afirmação que anule o sofrimento ou as limitações dos santos; confiar plenamente não evita a morte do corpo nem impede que os santos sofram perseguições (segundo a Soberania de Deus), mas, oferece a certeza do cuidado paterno.

A confiança plena se resume em crer, “na vida real”, que o Senhor está com você. Digo na vida real porque há muitos que parecem crer, falam que creem, até convencem outros a crerem, porém, quando as circunstancias apertam, demonstram que sua crença é superficial; não passava de teoria. Utilizar-se da capacidade teatral com essas coisas não me parece razoável; aquele que se aproxima de Deus deve crer que Ele existe ... (Hebreus 11: 6). E, acreditar que Ele existe mesmo; que está ao seu lado para lhe conduzir aos pastos verdejantes.

O escritor deste salmo está convicto da existência da divindade, e não apenas da existência, mas, da presença ajudadora. Como é agradável saber dessas coisas! O Senhor dos Exércitos está conosco!

Possuir confiança plena é viver sob as asas de Deus. Para quem compreende essas coisas, descansar à sombra do Onipotente faz todo sentido. Paulo estava a par desses assuntos, sua confiança estava em um nível bastante elevado.

O santo apóstolo indagou: Quem nos separará do amor de Cristo? (Romanos 8: 35). Em outra ocasião, afirmou: [...] porque eu sei em quem tenho crido [...] (2 Timóteo 1: 12). Quanto a indagação, ele apresenta algumas situações incapazes de o separar do amor de Cristo. Nem mesmo a morte pode atuar nesse cenário, e isso é magnífico. Somente um cristão vivendo num estado de confiança plena para falar com tanta propriedade. Por outro lado, a afirmação possui um tom de despedida; a segunda carta a Timóteo segue nessa correnteza. Contudo, Paulo não demonstra qualquer indício de tristeza ou agonia, sua convicção continua acesa, como a chama que ardia continuamente no altar do tabernáculo!


[1]. Em outra ocasião, se o Senhor assim permitir, prometo discorrer, mais detidamente, sobre o salmo 46.

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