A Simplicidade dos Salvos

A Simplicidade dos Salvos

Os salvos (justificados pela fé), têm certas características que os fazem distintos. Foram, genuinamente atingidos pelo favor de Deus, e, também santificados nEle. Como afirma Jonathan Edwards[1]: “Os que foram objetos da graça, embora imperfeitos, tendem à prática santa no cotidiano”. Por isso, vivem como peregrinos, na caminhada para os céus. Enfrentam vários inimigos, inclusive o próprio ego. Por outro lado, são fortalecidos e capacitados de maneira tão singular, que as barreiras que enfrentam, por maiores que sejam, tornam-se poeira, como as muralhas de Jericó.

Sendo imperfeitos, muitas vezes são acusados de inúmeros atos, entre os quais, não faltam calúnias e difamações, pois, o mundo (o sistema de vida em oposição a Deus) odeia Cristo, e seus servos também seriam odiados, como Ele mesmo advertiu: “E de todos sereis odiados por causa do meu nome (Lucas 21: 17) ”. Por isso, o salvo é um indivíduo enigmático. Por onde passa transmite a fragrância de Cristo, a qual testemunha, tanto a favor quanto contra, aqueles que a ela se expõe.

Paulo nos dá alguma luz sobre o assunto: “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles, cheiro de vida para vida… (2 Coríntios 2: 15, 16) ”. O apóstolo afirma que a simplicidade dos salvos é “cheiro de vida”, para a vida, dos regenerados e daqueles que, de alguma forma, vierem a conhecer a maravilhosa graça. Por outro lado, é cheiro de morte, para a morte, dos que desprezam o favor de Deus.

Sem possuir qualquer gota de merecimento, os remidos se alegram na salvação e assombram-se com tamanha bondade de Deus. Como a mulher samaritana, que, de imediato, passou a anunciar tudo que viu e ouviu da parte do Mestre (João 4: 28 e 29). Ou, como Natanael, que se maravilhou ao ver o Messias (João 1: 49). Ou ainda, como Pedro, que não se sentiu digno da presença de Jesus (Lucas 5: 8). Para não estender esta lista, cabe arrazoar sobre tamanha nobreza, que foi para estes, morrerem por amar ao evangelho. Desde Estevão, que foi duramente apedrejado e morto, aos pais da igreja, que foram mártires, até aqueles que, ainda hoje, sofrem por guardar o nome de Cristo. E, mesmo em tais condições, os santos são alegres, satisfeitos e não atentam para o que é passageiro, pois, buscam as coisas eternas.


[1] EDWARDS, J. [1738] Caridade e Seus frutos: um estudo sobre o amor em 1 Coríntios 13. Traduzido por Walter Graciano Martins. São José dos Campos, SP. Editora Fiel. 2015


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